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Audiência Pública contra despejos e remoções

A ocupação Manuel Congo foi palco, sexta feira passada (27/09), da “Audiência Pública: Remoções por Grandes Projetos na Cidade do Rio de Janeiro”. Originalmente marcada pelo gabinete do vereador Renato Cinco (PSOL) para acontecer na Câmara dos Vereadores, a audiência foi cancelada pelo presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), a apenas 30 minutos do seu início. O motivo alegado foi a manifestação dos professores grevistas na frente da Casa, que segundo os organizadores da Audiência era uma tentativa de colocar um movimento contra o outro.

Como era grande a presença de representantes de várias comunidades do Rio de Janeiro afetadas por remoções que se deslocaram de longe e perderam um dia de trabalho, os organizadores da Audiência se articularam e encontraram na Ocupação Manuel Congo um novo local para a Audiência. Essa vitoriosa ocupação ao lado da Câmara era uma antiga propriedade do INSS abandonada há 15 anos, e ocupada em 2007 por 42 famílias, apoiadas pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), e que está prestes a receber R$ 600 mil para reformas do Governo Federal.

No salão improvisado para a reunião, as lideranças de comunidades que sofrem com remoções – Providência, Magalhães Bastos, Horto, Tubiacanga, Maguinhos, Vila Autódromo, Vila Recreio e Santa Marta –, puderam dividir suas experiências com representantes de Instituições como o Clube de Engenharia, o Sindicato de Trabalhadores da Fiocruz,  a Anistia Internacional e o Observatório de Favelas.

A truculência com que foi cancelada a Audiência acabou gerando uma união ainda maior entre as vítimas de remoções e as instituições que lutam pelo Direito à Moradia, e para amanhã (3/10), às 17h, está marcada uma Audiência Pública no mesmo local (ocupação Manuel Congo, rua Alcindo Guanabara 20, Cinelândia), para marcar um grande Ato Unificado e a data na nova Audiência Pública na Câmara dos Vereadores contra os despejos e remoções que vêm marcando o Rio de Janeiro na preparação para os grandes eventos que teremos pela frente.

“Precisamos unir nossas forças para discutir qual é a função social da cidade e da propriedade. Queremos um modelo de cidade que contemple a todos”, afirmou Lurdinha Lopes, 54, uma das coordenadoras do MNLM, em seu chamado para a reunião de amanhã.

Por: Artur Voltolini (artur@observatoriodefavelas.org.br)

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