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Galpão Bela Maré

O Galpão Bela Maré é um espaço voltado à fruição das artes e das expressões culturais por meio das mais variadas manifestações. Criado em 2011, é uma iniciativa do Observatório de Favelas, em parceria com a Produtora Automatica. Estamos no Conjunto de Favelas da Maré, onde vivem cerca de 140 mil pessoas, na cidade do Rio de Janeiro. Nossas programações são gratuitas e funcionamos de terça a sábado, de 10h às 18h, mobilizando, através das artes, encontros entre pessoas de diversas faixas etárias e moradoras de diferentes territórios.

A partir do Bela, promovemos programações artístico-culturais e pedagógicas, contribuindo com a descentralização de equipamentos culturais e possibilidades de fruição, formação e produções artísticas. Há uma aposta política por, a partir deste território das artes, propor agendas de superação de desigualdades e de fortalecimento da democracia, construindo processos cada vez mais consistentes de, através das artes, reivindicar presenças de sujeitos, territórios e questões periféricas.

Em seus quase 12 anos de existência, o Galpão já realizou 24 exposições, 827 ações educativas, 79 sessões de cima e 3 edições da ELÃ – Escola Livre de Artes, tendo reunido mais de 70 mil pessoas presencialmente e cerca de 30 mil virtualmente. Ao longo de 2022, com recursos provenientes da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e do Edital FOCA 2021, da Secretaria Municipal de Cultura, o Bela Maré rodou uma intensa programação, também promovida graças a importantes parcerias.

Começamos o ano em obra e revitalizamos alguns espaços importantes para equipes e públicos do Galpão e ao longo dos meses realizamos três exposições, realizamos 19 atividades online e mantivemos as programações educativas e curatoriais em nosso espaço físico: foram realizadas 249 atividades artístico-pedagógicas e 15 atividades em parcerias, que chegaram presencial e/ou virtualmente em cerca de 13.300 pessoas.

Em 2022 selecionamos, via chamada pública, 12 pessoas artistas, coletivas, performers e pesquisadores/as do corpo, para participarem da primeira Mostra de Performances MIOLO, que foi realizada entre os meses de agosto e novembro nas vias públicas e no entorno do Galpão Bela Maré. Ao longo do ano, realizamos a partir do Galpão Bela Maré 22 atividades com tradução em Libras e em setembro de 2022 organizamos a Jornada de Acessibilidade
Cultural, com uma série de oficinas, atividades educativas e debates sobre acessibilidade no contexto das artes!

Em 2023 o Galpão segue à pleno vapor, com recursos provenientes da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Lei do ISS, do Edital de Ações Locais da Rio Filme e do Edital FOCA. Funcionamos de terça a sábado, de 10h às 18h – inclusive feriados. (2011 – até hoje).

– Travessias – Arte Contemporânea na Maré
Criada em 2011 a exposição “Travessias – Arte Contemporânea na Maré”, teve sua 4ª edição em 2015, onde realizou uma experiência de produção estética inovadora, pois articulou a criação artística ao território popular carioca da favela da Maré. A iniciativa do Observatório de Favelas, em parceria com a produtora Automática, consistiu na realização da quarta exposição coletiva no Galpão Bela Maré. A exposição ficou aberta ao público em geral durante 60 dias, com acesso gratuito, no Galpão Bela Maré, localizado na Favela Nova Holanda, Maré, na cidade do Rio de Janeiro. Período de duração: 12 de setembro a 14 de novembro de 2015. Durante a exposição, cerca de 10 mil pessoas visitaram e/ou participaram das atividades realizadas. Além da exposição coletiva, o projeto contou com oficinas, encontros e programa educativo. A exposição teve um caráter inovador na medida em que nesta edição incorporamos a seleção de 2 artistas por edital e 2 artistas convidados.

A 6a Edição da exposição TRAVESSIAS estava prevista para acontecer entre os meses de maio e julho de 2020 com curadoria de Keyna Eleison e Luiza Mello. Com a pandemia da Covid-19, o fechamento do Galpão Bela Maré e a impossibilidade de abrir a exposição, o projeto foi repensado. Com a participação das artistas / grupo / coletividades Trovoa, Ventura Profana, Rato Preto, Rato Branko e A Noiva; a proposta do Travessias é agora ser plataforma – PLATAFORMA TRAVESSIAS 6, COLABORAÇÕES. (2011-2020).

– Maré das Artes
O projeto Maré das Artes pretende promover uma rede colaborativa que realize intervenções estéticas integradas no território, como experiência de compartilhamento de gestão e produção cultural. As intervenções do projeto têm como referencial uma interconexão criativa de indivíduos, grupos e instituições que, de modo solidário e inventivo, possam construir uma experiência inovadora de compartilhamento de metodologias de produção, fruição e comunicação estética no território.

Como ação do Maré das Artes, a intervenção cultural “Nós da Maré” se constitui como um momento de construção e fortalecimento de redes de atores culturais da região, e promover a expansão dessa rede. Realizado em formato de sarau – no qual diversas linguagens artísticas estarão em diálogo, dividindo o mesmo espaço -, o evento reuniu, principalmente, artistas, produtores e realizadores culturais que se relacionem com o território da Maré. (2016)

– Nós da Maré
Em 2018, o Galpão Bela Maré promoveu quatro edições do evento Nós da Maré. As experiências foram realizadas nas favelas Nova Holanda, Vila do Pinheiro e Parque União, sendo a última no Bela, desta vez em formato “viradão”, com um dia inteiro de programação cultural. O projeto fez parte do Programa Territórios Culturais RJ / Favela Criativa, da Secretaria de Estado de Cultura em parceria com a Light e a Agência Nacional de Energia Elétrica. Durante a manhã e tarde houve oficinas de fotografia, circo, música, dentre outras expressões. O galpão foi ocupado por produções artísticas que dialogam com temas culturais dos espaços periféricos.

A programação do Nós da Maré – Viradão contou também com a aula magna do curso Especialização Internacional em Inventividades Socioculturais das Periferias, realizado no âmbito do IMJA – Instituto Maria e João Aleixo. A aula inaugural, ministrada por Macaé Maria Evaristo dos Santos, foi aberta ao público. Ao fim do dia, o evento foi conectado à ocupação da Cia Marginal, no Centro de Artes da Maré (CAM – Ponto de Cultura), que apresentou suas peças teatrais. A noite foi celebrada com o KaraokêGay, performances de drags e DJs.

O “Nós da Maré” pretende desenvolver uma rede colaborativa que realize intervenções estéticas integradas no território, como experiência de compartilhamento de gestão e produção cultural. As intervenções do projeto têm como referencial uma interconexão criativa de indivíduos, grupos e instituições que, de modo solidário e inventivo, possam construir uma experiência inovadora de compartilhamento de metodologias de produção,
fruição e comunicação estética no território. (2017)

– Vou Fazer Arte
Entre outubro de 2016 e abril de 2017, foi realizada no Galpão Bela Maré a primeira edição do Vou Fazer Arte, que formou em cultura digital (fotografia, vídeo e vídeo arte) adolescentes e jovens da Maré e culminou com uma mostra composta por 4 obras (a vídeo instalação “#chegadeassédio”, a instalação artístico interativa “Piscinas”, a vídeo-performance “Chuveirão” e o vídeo “Mobilidade”. Naquela ocasião começamos a pensar e estruturar ações que pudessem fomentar a sensibilização e o desenvolvimento de habilidades artísticas em adolescentes e jovens para fins de reflexão, documentação e registro de seus cotidianos. E também para viabilizar produções estéticas a partir de suas experiências artísticas, educativas e culturais vivenciadas em seus territórios de morada, em diálogo com o processo formativo.

Com o Vou Fazer Arte 2, em 2019, materializamos 75 horas de formação em artes visuais para 34 adolescentes, entre 15 e 18 anos, moradoras/es do Conjunto de Favelas da Maré e seus bairros e favelas adjacentes. O projeto fomenta a sensibilização e o aprofundamento nos cara e linguagens das artes visuais, articulados a uma reflexão sobre o território da Maré, sobretudo no que concerne ao enfrentamento da violência. Como resultado, o grupo
produziu uma exposição, não apenas sobre ou a partir de diagnósticos, mas tivemos a chance de ver seus movimentos expressarem, através de estéticas artísticas diversas, muitas faces do enfrentamento às condições violentas impostas aos seus territórios e corpos mas, especialmente, a muitas de suas práticas cotidianas que estão na ordem do afeto, da partilha e da convivência. Patrocínio: TV Globo, via Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

Na edição de 2022, realizada com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, se consolidando como parte da agenda anual do Galpão Bela Maré, Com a proposta de ser a primeira formação no campo das artes visuais para adolescentes moradores do Conjunto de Favelas da Maré e adjacências. Em 2022, em sua terceira edição, reunindo 32 participantes de 13 a 16 anos, propusemos uma investigação teórica e prática a respeito da arte urbana por meio do tema “Reencantando as ruas”, que resultou em uma série de cinco intervenções urbanas pelas ruas da Maré. A jornada apresentou uma carga horária expandida compreendendo uma formação de cento e vinte e uma horas, com encontros às quartas-feiras, entre 15h e 18h, e aos sábados, entre 10h e 18h, garantindo dentro da estrutura pedagógica, alimentação, com almoço e lanches, bem como transporte para a realização dos passeios de fruição e contratação de artistas convidadas/os para realização de oficinas imersivas. (2016 – até hoje)