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ESTAÇÕES MUSICAIS

REVISITAR E ATUALIZAR ESTA PRODUÇÃO PARA TORNÁ-LA UMA MEMÓRIA SOCIAL DA CIDADE DEFINE O OBJETO DA PROPOSTA DO PROJETO EM DESTAQUE.

Os recortes são as cenas musicais dos bairros que, no passado recente, compunham o Subúrbio da Leopoldina. E, partir destas estações, recolhemos tradições da paisagem musical, assim como da produção recente, notadamente de novas gerações de compositores e músicos, para compor esse site.

Os centenários subúrbios cariocas outrora demarcados por linhas férreas (Central do Brasil e Leopoldina) foram espaços de imensa riqueza cultural, a despeito das imagens hegemônicas que os caracterizaram como lugares de operários fabris; gente boa e humilde, mas desprovida da produção simbólica e gosto cultural. É bem verdade que os subúrbios se caracterizavam por uma identidade operária-popular, porém sua cena cultural sempre foi mais ampla do que a presumida. Blocos carnavalescos e Escolas de samba, cinemas e teatros, sociedades literárias e clubes de futebol, fizeram seus registros na paisagem, comprovando sua pluralidade e inventividade cultural. A riqueza cultural pode ser também identificada na música popular ao ganhar sua grandeza no berço do subúrbio: sambas, maxixes, choros e marchas fundaram tradições, posteriormente enriquecidas com o baião e xotes trazidos pela migração nordestina dos anos 1960.

Toda essa geografia musical ainda merece registro adequado e, evidentemente atualizado, em novas cenas de realização de estilos e espaços estéticos de novas gerações de músicos do Subúrbio Carioca.

Para tanto, buscamos mobilizar memórias de reconhecimento a partir de encontros entre passado e o futuro, celebrados no presente, com as Estações Musicais.

O projeto abriga três movimentos: a produção de um amplo inventário da cena musical do Subúrbio da Leopoldina, inclusive da produção recente de autoria de jovens músicos e compositores (individual e de grupos); a construção de um mapa de estações musicais em rede colaborativa como dispositivo de registros para audição e pesquisa; e, realização de performances públicas.

Jorge Luiz Barbosa

COORDENADOR GERAL

Monique Bezerra da Silva

COORDENADORA EXECUTIVA

Alex Armenio

COORDENADOR DE PESQUISA

Diogo Cunha

COORDENADO DE PESQUISA

Lino Teixeira

MAPAS

Ana Thereza

ASSISTENTE DE PESQUISA

André Accioly

DIREITOS AUTORAIS

Marcelle

ASSISTENTE DE PESQUISA

Renata Barros

EDIÇÃO E FILMAGEM

Eduardo Domar

INTERVENÇÕES

Samantha

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

Marcelo Yuka

CURADORIA

GARES

MAPA

EQUIPE

Jorge Luiz Barbosa

COORDENADOR GERAL

Monique Bezerra da Silva

COORDENADORA EXECUTIVA

Alex Armenio

COORDENADOR DE PESQUISA

Diogo Cunha

COORDENADO DE PESQUISA

Lino Teixeira

MAPAS

Jorge Luiz Barbosa

COORDENADOR GERAL

Monique Bezerra da Silva

COORDENADORA EXECUTIVA

Alex Armenio

COORDENADOR DE PESQUISA

Diogo Cunha

COORDENADO DE PESQUISA

Lino Teixeira

MAPAS

Ana Thereza

ASSISTENTE DE PESQUISA

Ana Thereza

ASSISTENTE DE PESQUISA

Marcelle

ASSISTENTE DE PESQUISA

Renata Barros

EDIÇÃO E FILMAGEM

Eduardo Domar

INTERVENÇÕES

Samantha

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

André Accioly

DIREITOS AUTORAIS

Marcelle

ASSISTENTE DE PESQUISA

Renata Barros

EDIÇÃO E FILMAGEM

Eduardo Domar

INTERVENÇÕES

Samantha

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

Marcelo Yuka

CURADORIA

Thaiza Medeiros

INTERVENÇÕES

Alice Rodrigues

INTERVENÇÕES

Marcelo Yuka

CURADORIA

André Accioly

DIREITOS AUTORAIS

PARCEIROS

Leopoldina

A estação Leopoldina (antes Barão de Mauá) é uma evidente deferência a Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena, primeira imperatriz-consorte do Brasil. A antiga Estação Barão de Mauá (uma claríssima homenagem ao pioneiro na estrada de ferro no Brasil) foi inaugurada em 1926, dezessete longos anos depois de discussões, pedidos de autorização e a construção. Riscada pelo arquiteto escocês Robert Russell Prentice a estação é segundo o engenheiro Hélio Suevo: “um exemplar da arquitetura eduardiana no Brasil, inspirada em construções palacianas inglesas e de estilo eclético”.  Mas um bom observador, sem muito esforço, pode notar que a construção é assimétrica. O prédio só tem continuidade para o lado direito. O lado esquerdo, segundo consta, previsto no projeto original, não se sabe por que cargas d´agua, não saiu do papel. Em 2001, a estação foi fechada para o transporte de passageiros e três anos depois definitivamente. No lugar a SUPERVIA cogita a construção de um emperiquitado Shopping Central. Uma pena!

MANGUINHOS

Área de mangue cortada pelos Rios Faria-timbó e Jacaré, foi reconhecida como bairro de Manguinhos somente em 1988, através do decreto do Prefeito Saturnino Braga. Esse terreno adverso parecia pouco favorável, mas ali se instalaram grandes empresas e indústrias como a Refinaria, a Embratel e etc.. Já foi área de aterro sanitário e onde, também, se desenvolveu a maior referencia de saúde do país, a FioCruz. Abrigou um aeroporto (e clube) e até uma obra de Oscar Niemeyer (a Capela de São Daniel). Contudom, sua maior obra talvez seja a resistência das pessoas que fizeram de Manguinhos um lar! Um lugar de moradia que parecia provisório, mas que hoje abriga gente de todas as partes em onze comunidades.

PARADA DE LUCAS

O Português José Lucas de Almeida, “o Lucas”, batizou o bairro antes pertencente a Freguesia do Irajá. A casa “do Lucas”, onde existia uma grande plantação de couve, é hoje a garagem da viação Caprichosa. Residiram também em Lucas o Parque Gráfico da antiga Editora Bloch, e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O bairro é abençoado pelo Galo da Leopoldina, o Boi de Lucas e pela Paróquia de São Sebastião de Parada de Lucas.

BONSUCESSO

Área que deu origem ao bairro fazia parte de um grande engenho de cana-de-açúcar, o Engenho da Pedra. A proprietária, Dona Cecilia Vieira de Bonsucesso, deu nome ao bairro e foi também a responsável pela restauração da Capela de Santo Antônio, a atual Capela Nossa Senhora de Bonsucesso.

No século XX, o engenheiro Guilherme Maxwell comprou as terras do Engenho da Pedra e iniciou o processo de loteamento, abrindo ruas e impulsionando urbanização. A ele se deve também a configuração internacional do bairro, pois influenciado pelo contexto da 1ª Guerra Mundial, optou por dar as novas ruas nomes dos países aliados na coalizão que derrotou a Alemanha e pôs fim a guerra: Bélgica, Inglaterra, Estados Unidos e França. Esse marco levou ao surgimento da atual Praça das Nações, e das Avenidas Bruxelas, Londres e Nova Iorque, Paris, essa ultima foi o endereço do clássico Cine Paraíso.

PENHA

Bairro localizado em solo onde outrora concernia à Freguesia de Irajá. A Penha “nasceu” com a Igreja Nossa Senhora da Penha, em 1635, na época apenas uma ermida construída no alto de um penhasco (“Penha”). A Festa da Penha fez da região uma das mais cantadas da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Noel de Medeiros Rosa, por exemplo, cantou mais a Penha (e sua festa) que o bairro de Vila Isabel. Na Penha como em Vila Isabel, uma fábrica também “feria os ouvidos” dos moradores. Era o Curtume Carioca na rua Quinto, que em eras priscas, empregou mais de 3000 pessoas. Com a enxurrada na praça de produtos sintéticos o Curtume da Penha parou de dar no couro em 1998.

CORDOVIL

Quem vai na direção da Estação da Leopoldina pode não notar, mas Cordovil é o primeiro bairro do Subúrbio da Leopoldina a encontrar com as águas da Baia de Guanabara. No século XVII era a fazenda de propriedade da família Siqueira Cordovil, vendida em 1902 para o Visconde de Moraes, que em 1912, inicia o processo de loteamento que deu origem o bairro.

RAMOS

Aboletado à Freguesia de Inhaúma a história de Ramos se inicia efetivamente, em 1870. Quando o capitão da Academia Militar da Corte Luiz José Ramos arremata o sitio dos Bambus. O Bairro recebeu, não por acaso, do historiador Noronha Santos a alcunha de “Capital do Subúrbio da Leopoldina”. O primeiro cinema da Leopoldina, por exemplo, o Cinematógrafo Ideal, ficava em Ramos. A “Copacabana do Subúrbio”, os Caciques, a Bala Ruth e até a Imperatriz é de Ramos.

OLARIA

O bairro de Olaria recebeu tal alcunha por causa dos numerosos estabelecimentos fabricos de utensílios de barro na região conhecidos como olarias. A matéria prima para fabricação de tijolos, telhas e louças era encontrada em abundância nas elevações do atual Morro do Alemão. Além do centenário Olaria Atlético Clube é destaque também a lindíssima sinagoga Ahavat Shalom na rua Juvenal Galeno, 29. Marcando a presença da comunidade judaica no subúrbio da Leopoldina.

BRÁS DE PINA

O Visconde Bráz de Pina era o dono das terras que se estendiam até a Baia de Guanabara. No século XX, essas terras foram divididas em várias fazendas e uma parte, comprada pela Companhia Kosmos, virou o bairro modelo chamado Vila da Guanabara: um loteamento planejado em quarteirões de bairro-jardim com casas no estilo colonial. Tornou-se o atrativo dessa região, ficando conhecido como a “Princesinha da Leopoldina”. Outras obras da Kosmos foram a construção da Igreja Santa Cecília (A Padroeira dos Músicos) e a sede construtora, um belo casarão que ainda existe por lá. O bairro também abrigou vários cinemas de rua, como o Cine Cecilia. O clima bucólico ainda se faz presente no bairro, que conserva diversas dessas casas e castelinhos de estilo colonial.

penha circular