O projeto, desenvolvido em parceria entre o Observatório de Favelas, a Universidade Federal Fluminense e a Universidade Witwatersrand (África do Sul), com o apoio da Fundação Heinrich Boll, teve como objetivo a realização de um estudo sobre casos de violência política letal cometidos contra lideranças, ativistas, representantes e gestores políticos na Baixada Fluminense e na Baía da Ilha Grande no período de 2015 a 2020.
Em 2021, a metodologia da pesquisa priorizou o levantamento de casos de violência política letal em jornais de grande circulação e pesquisas complementares na internet, a análise de dados de candidaturas disponíveis na base de dados do TSE e a realização de entrevistas em profundidade com atores afins ao tema. O levantamento de casos por meio de matérias jornalísticas permitiu mapear um total de 43 casos de atores políticos assassinados entre 2015 e 2020 na Baixada Fluminense. Por esta razão, a primeira etapa do estudo foi limitada a esta região. Dando continuidade ao estudo lançado em 2021, em 2022 o objetivo da pesquisa foi realizar uma análise de diferentes formas de violência política cometidas nas regiões da Baixada Fluminense e da Baía da Ilha Grande entre os anos de 2021 e 2022.
Consideramos “violência política” como o conjunto dos atos violentos perpetrados contra atores que tenham atuação político-institucional (seja no Estado ou na sociedade civil), e efetuados em função dessa atuação. O estudo envolveu três frentes metodológicas: levantamento de casos de violência política letal e não letal em veículos de comunicação; acompanhamento de redes sociais de políticos ligados ao campo da segurança pública e entrevistas em profundidade. (2021 – até hoje)
