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Rotas de Fuga

No Brasil, assim como acontece em outros lugares do mundo, o tráfico de drogas e atividades relacionadas tem sido apontados como fatores preponderantes para altos índices de homicídios de jovens.

O enfrentamento deste problema exige intervenções que possam integrar diferentes setores e campos de atuação política. Para isto o Observatório de Favelas desenvolveu entre os anos de 2004 e 2007, em parceria com OIT (Organização Internacional do Trabalho) e ICCO (Organização Intereclesiástica de Cooperação para o Desenvolvimento/ Holanda), o Programa Rotas de Fuga, que teve como objetivo contribuir para superação das condições que levam crianças e jovens a participar de atividades ilícitas, e, em particular, do tráfico de drogas no varejo.

O programa buscou construir e fortalecer uma rede de atendimento que pudesse materializar de forma plena o sistema de garantia dos direitos da criança e adolescente, atendendo às demandas desse público e de suas famílias. Para este fim, o que se procurou foi sensibilizar, mobilizar e articular diversos atores e setores sociais para elaborar e propor políticas públicas voltadas para crianças, adolescentes e jovens inseridos em atividades ilícitas.

Rotas de Fuga atuou com base em quatro eixos:

1) Um trabalho de Pesquisa longitudinal que teve como objetivo compreender a dinâmica da rede social do tráfico de drogas, tendo em vista o desenvolvimento de ações voltadas para a prevenção e a criação de alternativas sustentáveis ao trabalho em redes ilícitas. Este estudo realizou o acompanhamento da trajetória de 230 adolescentes e jovens que trabalhavam no tráfico de drogas em 34 favelas do Rio de Janeiro entre os anos de 2004 e 2006.

2) Ações de Sensibilização da sociedade sobre o fenômeno da violência letal contra crianças, adolescentes e jovens, visando criar um ambiente favorável à valorização da vida e à construção de alternativas não-violentas nas políticas de enfrentamento ao tráfico de drogas no varejo nos centros urbanos.

3) Ações de Prevenção voltadas para crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social e com possibilidade de inserção em redes ilícitas.

4) Formulação de uma metodologia destinada à criação de alternativas sustentáveis para crianças, adolescentes e jovens inseridos em redes ilícitas, e em especial no tráfico de drogas, que manifestassem o desejo de abandoná-las. Englobou a elaboração, implementação, sistematização e proposição de metodologias que pudessem ser adotadas como políticas públicas, a partir do atendimento direto a adolescentes e jovens inseridos na rede social do tráfico de drogas, bem como a seus familiares.

A articulação de redes resultante do programa se desenvolveu com a formação e consolidação de um grupo autônomo, denominado Rede Rotas, envolvendo diversos atores sensibilizados, mobilizados e envolvidos com o tema. Sua dinâmica consistia na discussão de situações concretas de adolescentes e jovens inseridos em atividades ilícitas e reflexões mais abrangentes, voltadas para a proposição de metodologias de trabalho e políticas públicas que possibilitassem a criação de alternativas para este público.

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