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 Arte, favela e resistência

Em favelas e periferias, profissionais da cultura promovem novas construções de discurso e narrativas a partir da arte

Texto por Gabrielle Araujo

Apresentar novas formas de representação, investir no fortalecimento do território, promover diálogo e protagonismo de moradores etc. Engana-se quem pensa que a produção cultural em favelas e periferias é marcada apenas por diferentes conceitos subjetivos. A realidade mostra que, quando postos esses elementos em prática, a relevância de diversos movimentos sociais a partir da arte não nascem apenas como ferramenta de transformação, mas sim como símbolos de resistência e afirmação de narrativas.

Exemplo disso pode ser conferido na favela da Nova Holanda, na Maré, através do Galpão Bela Maré – que completa 10 anos de história e produção artística no território. O espaço, que é fruto de uma parceria do Observatório de Favelas com a produtora Automatica, é um equipamento que se consolida através da produção de conhecimento, de novos sentidos e apresentação de caminhos de diálogo e atuação. A programação conta sempre com atividades para todas as faixas etárias e públicos.

A diretora do Observatório de Favelas, Isabela Souza, comenta que a importância do Galpão está ligada também a escolhas políticas que tange processos de escuta, visibilidade e também disputas de narrativas. “Eu acho que quando o Galpão celebra 10 anos, além do trabalho que a gente vem construindo e materializando aqui, discutimos sobre o direito à cidade, sobre sujeitos, territórios, questões periféricas. Também significa o nosso amadurecimento  no campo da formação em arte. Com o tempo, o galpão foi se transformando também num espaço que forma pessoas e visibiliza artistas favelados e periféricos, seus territórios e trabalhos. E isso tudo é parte de uma estratégia de tensionar discursos e narrativas sobre cidade”, completa.

Isabela Souza, diretora do Observatório de Favelas durante abertura da exposição “Misturas” no Galpão Bela Maré. Foto: Ramon Vellasco / Observatório de Favelas

Ao longo desses anos, os fluxos de trabalho e organização artística no Bela são resultados de uma grande movimentação em apresentar uma programação que comunique, forme, inspire e pratique mudanças. Mas, como todo projeto, também há desafios. “O nosso é, sem dúvida, o da continuidade. De como organizamos um trabalho contínuo nesse espaço de terça à sábado, de 10h às 18h, não só com grandes exposições ou não só com o que eu costumo chamar de conteúdos artísticos, mas costurando tudo isso com um projeto político e pedagógico.  Eu acho que é uma coisa interessante e que teve uma virada nesse sentido, foi há mais ou menos 5 anos. E com isso em 2017 a gente decidiu que nunca mais iria fechar. E isso só vem sendo possível, é lógico que existe um esforço institucional muito grande na busca por recursos que mantenham essa rotina, mas por causa das pessoas que estão tocando o Galpão. Então, se chegamos nesses 10 anos e vamos seguir inventando mais dez, vinte ou 30 anos, é por conta das pessoas que agregamos nesse sonho. Eu estava lendo uma música que em um trecho que fala assim ‘um sonho que se sonha junto, ele se torna realidade’, e eu vejo muito isso assim aqui na nossa história”, explica Isabela.

A curadora, produtora , editora e diretora da Automatica, Luiza Mello, representa uma parte dessa grande rede de parceiros que coloca em prática todas as ações do Galpão Bela Maré. A relação teve início em 2010, através de Jailson de Souza e Silva, um dos fundadores do Observatório de Favelas, e de Eliana Sousa e Silva, diretora e fundadora da Redes da Maré. O primeiro projeto mapeado era uma grande exposição de arte pública no Rio de Janeiro, que não teve continuidade mas marcou o início de outro de significativo valor: a inauguração do Bela Maré através da primeira edição da mostra Travessias. “O edifício do Galpão Bela Maré já existia, mas ainda estava ocupado por máquinas da antiga fábrica de embalagens de papel que funcionava lá. O primeiro passo foi limpar o Galpão. Realizamos um mutirão com a colaboração fundamental da Redes, as máquinas foram retiradas, as paredes pintadas e o espaço preparado para receber uma exposição de arte. Tínhamos o desejo de criar um Centro Cultural de excelência, localizado na Nova Holanda, que pudesse ser ao mesmo tempo um espaço de formação, criação, produção e difusão artística. Travessias inaugurou o Galpão Bela Maré, em 2011, quando começamos a discussão com a comunidade sobre o tipo de projeto que gostaríamos de construir. Travessias propõe a incorporação da Favela da Maré — como agente criador e questionador — no mapa das artes visuais e das práticas culturais do país. Reuniu dezessete artistas brasileiros, com a curadoria de Daniela Labra, Frederico Coelho e Luisa Duarte. Exposições, intervenções urbanas, vídeos, palestras e oficinas mobilizaram a Maré entre novembro e dezembro do mesmo ano”, relembra.

Ao longo dos próximos anos, mais uma série de ações foram elaboradas em parceria, como o BELA LABE, em 2012; a segunda e terceira edição do Travessias, em 2013 e 2014, respectivamente. Ainda em 2013, o Espaço de Leitura tomou seu lugar no Galpão. Quem entra pela porta imponente do local, logo tem contato com a grande biblioteca que conta com mais de mil livros que foram doados por editoras, instituições e artistas – todos alocados em longas prateleiras de madeiras e com assuntos que são direcionados tanto para crianças quanto adultos.

Como parceira desde a sua abertura, Luiza reflete sobre a importância de um equipamento cultural e de produção de artes e sentidos existir dentro da Maré, um território com multiplicidade de favelas, pessoas e anseios. Além disso, dentro de um contexto urbano, a maioria dos espaços artísticos, como museus, teatros e demais instituições, estão localizadas no centro do Rio de Janeiro e por vezes os discursos que são apresentados nesses espaços muitas vezes não integram a realidade de favelas e periferiais. “A grande maioria da população não tem acesso a esses espaços e suas programações. Ao mesmo tempo, os artistas que não vivem nos espaços centrais da cidade, têm poucas opções de lugares para mostrarem seus trabalhos, e para vivenciarem a produção artística dos seus contemporâneos. O Galpão Bela Maré foi criado como um espaço experimental e democrático com a proposta de quebrar com as hierarquias comuns no ambiente da arte, e ao mesmo tempo, com os estigmas e preconceitos das favelas como espaços dominados pela violência, carência e precariedade”, assegura.

Parte da equipe do Galpão Bela Maré e da Automatica durante evento de celebração de 10 anos do espaço. Foto: Ramon Vellasco / Observatório de Favelas

Nesse contexto, a produtora destaca ainda que a programação do espaço é pensada ainda com alto nível de qualidade e comprometimento com qualquer outra esfera cultural do mundo. Isso reflete não apenas o empenho da equipe que integra o Bela Maré, como curadores, produtores, educadores, comunicadores, entre outros, mas também que os esforços combinados a parceiros externos também promovem a riqueza de detalhes que existe quando se pensa em cidade e arte. “Ao longo desses dez anos de atividades, o Galpão Bela Maré passou a fazer parte do circuito cultural do Brasil, e a Maré assumiu uma centralidade no campo da arte e da cultura no País. Esse lugar foi conquistado pouco a pouco, com a colaboração de muitas pessoas; juntas conseguimos construir um espaço de afetos, partilhas e de novas significações no campo das artes e dos territórios da cidade. Promover o encontro de experiências estéticas como parte da vida social que acontece nos diferentes territórios da cidade, através de um projeto gratuito e aberto ao público, reforça a presença do Galpão Bela Maré na cidade, e o território da Maré como lugar de referência no debate e articulação das práticas artísticas com as pautas políticas contemporâneas”, sintetiza.

Todos esses pontos apresentados por Luiza, servem para colaborar com a perspectiva de que novas narrativas podem ser potencializadas a partir da arte, assim como o fomento a novas referências de pessoas e suas histórias. Deste modo, se constitui um protagonismo a partir de sujeitos que estão diretamente inseridos no contexto de seus territórios, assim como a quebra de barreiras geográficas e de estereótipos, para isso ela cita também a ELÃ – Escola Livre de Artes, que é um   programa de residência-formativa. “A arte propõe diálogos, trocas, novas possibilidades de pensamento, de ser e estar no mundo; propõe diferentes formas de interlocução com a sociedade. O Galpão busca fazer rupturas com a elitização naturalizada da produção e do consumo das artes visuais, uma vez que mobiliza a experiência pública de sujeitos estéticos. Propõe uma virada de espacialidade – tendo os territórios populares como centralidade de mostras inéditas – e uma pegada da arte como pertença social. Portanto, é colocada em causa a cidade na imaginária das narrativas de potência que as favelas e periferias urbanas constroem como centralidades de atualização e afirmação da pluralidade da cultura e da arte urbana. A Elã foi uma conquista, uma vez que sempre houve a intenção, desde a fundação do Galpão, de constituir um eixo de formação voltado para os moradores das favelas e regiões periféricas do Rio de Janeiro. O programa educativo já realiza um importante trabalho junto às escolas e aos frequentadores do Bela. A Escola Livre de Artes foi um passo além, que seguiu as formulações e ações desenvolvidas pela equipe, sempre atenta tanto às diferentes poéticas, localizações na cidade, quanto a corpos, cores e desejos”, finaliza.

Mistura é por nós
Toda essa celebração apontada por Isabela e por Luiza, pode ser vista na abertura da exposição de artes visuais “Misturas” até o dia 06 de agosto. A iniciativa reúne obras de 19 artistas e propõe apresentar referências e materialidades entre diferentes gerações e temporalidades, através de diálogos com o território e suas singularidades. A abertura contou com o que tem de melhor em festividade: música, performances, debates, quitutes e dança.

Galpão Bela Maré celebra 10 anos de existência com exposição de 19 artistas. Foto: Ramon Vellasco / Observatório de Favelas

Um dos convidados para expor foi o artista visual, escritor e dramaturgo, Yhuri Cruz, que promoveu a performance “Diáspora” que consistiu em um percurso de Olaria até a Maré e também assina o nome na obra “O cavalo é levante: monumento a Oxalá e axs trabalhadorxs” – construído de forma interativa e dinâmica por convidados. A sua prática é desenvolvida através de ficções, proposições formativas e de diálogo.

Cura, relações de poder, críticas sociais, memória, subjetividades e sociabilidades são alguns dos adjetivos que compõem suas obras. Entre elas, a “MONUMENTO À VOZ DE ANASTÁCIA”, que traz uma ressignificação da imagem de Anastácia, mulher negra escravizada que foi pintada em 1817 por um pintor francês. A obra de Yhuri vem com um contraponto à imagem da mulher amordaçada que se tornou símbolo de resistência entre povos africanos. O trabalho ganhou projeção nacional após a entrada de Linna Pereira na edição de 2022 do Big Brother Brasil com uma camisa que estampa a pintura e foi pensada exclusivamente para Linn. Diversas personalidades comentaram sobre o fato, como a jornalista e humorista Maíra Azevedo, a Tia Má, fez em seu perfil no Instagram: “Quando você entende que tudo é político e que imagens passam informações poderosas! Ao chegar na casa mais vigiada do país, a Linna da Quebrada não entra sozinha, ela carrega no corpo a imagem de Anastácia, mas não aquela amordaçada, mas sim uma Anastácia livre e sorrindo! Isso é ter consciência do poder político dos seus atos! Como eu amo e admiro a Lina!”.

A relação de Yhuri com o Galpão é antiga e mostra o valor que o reconhecimento do trabalho de artistas se faz no cotidiano. “Bem, o Bela é muito importante na minha trajetória. Isso porque eu exponho aqui em 2017 e 2018. Ele foi o primeiro espaço de arte que me pagou um salário. Isso pra mim é de uma importância gigantesca. Faz três anos que eu sou parte da banca do ELÃ também. Sendo de Olaria, que é um bairro vizinho à Maré e tudo isso torna o espaço muito gratificante para mim. Eu tenho que o Galpão é o espaço mais potente de arte dentro do Rio de Janeiro. Não só por ele ser na periferia, mas porque ele consegue ser uma encruzilhada no Rio de Janeiro. E são poucos os espaços que se propõe encruzilhar. Ele se mostra como um espaço de encontros, de possibilidades de caminhos etc. E ele consegue abarcar o conflito, a negociação, novos e velhos olhares, jovens e velhos artistas e isso é muito político”, reflete.

Yhuri Cruz em performance “Diáspora”, que consistiu em um percurso de Olaria até a Maré. Foto: Ramon Vellasco / Observatório de Favelas

Questionado sobre como utilizar a arte para abarcar todas as subjetividades e como ferramenta de novos caminhos e fazeres políticos, Cruz reflete sobre possibilidades de discurso e também formas de emancipação. “Ela é uma tecnologia e como toda tecnologia, alcança certas pessoas, mas não alcança a todas. Então a literatura, a internet, a ciência… elas não têm alcance total e não se prometem ter isso. Mas ela é um discurso de alcance e eu tenho isso na minha prática e no meios das pessoas que me interessam e que admiro. A arte é um discurso de alcance e ela pelo menos consegue ser uma promessa de alguma mudança ou de alguma geração de conflitos de pensamento. É um desconforto que gera mudança, mas também um conforto que gera mudança”, elucida.

E essas práticas refletem tanto nos artistas, quanto nos espaços que comportam dar amplitude e magnitude ao trabalho desses profissionais e das mais amplas formas de se dialogar. “Então eu acho que pode ser um pouco falacioso essa coisa de estar fazendo arte para algum lugar. Quando não, a gente está trazendo outros discursos que já existem. Tem milhares destes dentro da Maré. Acho que o mais difícil de tudo é a organização. Como se organiza o pensamento? O Bela é um lugar que faz isso e essa organização é uma forma de exposição. Hoje a arte visual é apenas uma das formas de se falar, sabe? É uma forma de expressão”, encerra.

Obra “O cavalo é levante: monumento a Oxalá e axs trabalhadorxs” de Yhuri Cruz. Foto: Ramon Vellasco / Observatório de Favelas

Fotografia como potencialidade
Outro projeto de destaque é o Favelagrafia, lançado em 2016  e que reúne 9 fotógrafos de nove favelas do Rio de Janeiro. Em suas produções, romper com o imaginário de violência e estereótipos sobre favelas e periferias do estado são dois dos pontos chaves de quem observa cada foto publicada pelo grupo. A iniciativa tem grande visibilidade nacional e internacional. Um dos exemplos de grande sucesso se dá após a foto de Anderson Valentim, que apresenta jovens com os rostos tampados e segurando instrumentos musicais em suas mãos, foi divulgada. De lá pra cá, o coletivo se organiza em mostrar que a favela também é sinônimo de potência e também em ações de solidariedade, como leilões de fotografias para arrecadar fundos e reverter em compras de cestas básicas. Esta última, foi a campanha “Favelagrafia contra o coronavírus e a fome nas favelas do Rio”, que distribuiu mais de 900 cestas básicas e kits de higiene em 9 favelas do Rio de Janeiro.

O artista visual, integrante do Favelagrafia e cria do Morro do Fogueteiro, na zona norte do Rio de Janeiro, Saulo Nicolai, pondera que por mais valorosos que sejam os projetos culturais em vigor em favelas e periferias, ainda há um largo caminho a ser trilhado para que toda a transformação social seja de fato efetiva e assertiva – e o poder público deve atuar para reverter essa realidade. “Ainda há muita escassez em boa parte das favelas cariocas de acesso a oportunidades que garantam perspectivas diferentes além dos subempregos e do tráfico de drogas. As iniciativas existem mas ainda caminham. Muitas dessas iniciativas contam com recursos próprios e voluntariado para agirem, é preciso fomento direto e ampliação das escalas de oportunidades para que tenhamos impactos consideráveis de mudança de paradigmas e direcionamento a novos horizontes de desenvolvimento. A favela sempre se virou por conta própria, mas só isso não garante uma transformação coletiva expressiva, sendo resumida a exceções de indivíduos com real transformação em suas vidas. É preciso mais. Mais investimentos, mais movimentos, mais coletivos e mais programas sociais, com constante poder de impacto e transformação”, expõe.

Fotografia de Saulo Nicolai divulgada em seu perfil no Instagram.
Fotografia de Saulo Nicolai divulgada em seu perfil no Instagram.

Com um extenso currículo, o artista de 29 anos, já passou pela música, através do grupo Samba pras Crianças, projeto que era realizado no Morro do Fallet – também na zona norte do Rio de Janeiro – e hoje retrata sua poesia e sutilezas através da fotografia. Exposições nacionais e internacionais completam a bagagem de Saulo, que também desenvolveu trabalhos que contava com grandes nomes do setor artístico, como Arnaldo Antunes, Carlos Vergara entre outros. Em cada clique, busca evidenciar críticas a questões sociais que envolvem reflexões sobre moradores de territórios favelados. Isso, inclusive, comporta suas inspirações, na qual busca apresentar como a sua trajetória de vida é não apenas inspiração de trabalho, mas também sua principal matéria prima. “Minhas inspirações vem, principalmente, das indignações e dos traumas que vivencio e carrego diariamente. Enxergar o sistema e suas engrenagens de forma crítica é uma habilidade que carrego desde sempre. São estigmas e sentimentos que transbordam e se convertem em criação, pois é nela que encontro a saída para não ser mais um nas estatísticas”, explica.

Assim como Yhuri pontuou anteriormente, há diversas formas de se elaborar um discurso artístico, e a fotografia é um deles. Mas, por mais honrosa que seja a produção, os fotógrafos ainda esbarram em uma série de elementos até terem de fato o seu trabalho reconhecido. Diante disso, Nicolai aponta que existir nesse contexto também é uma forma de resistência. “A fotografia é uma arte muitas vezes injusta e não valorizada. Perguntar a um fotógrafo morador de favela se vive da fotografia é desmotivador. Está quase sempre em segundo plano, como hobbie, mesmo tendo tantos e tantos artistas por aí. Aos que resistem e persistem em seus trabalhos, por mais difícil que seja (pois não é nem um pouco fácil viver de arte sendo favelado), retratar com olhar “de dentro”, com toda cultura e experiências sobre estes territórios entranhados nas veias, possibilita uma linguagem muito mais profunda, complexa e simbólica”, sintetiza.

Porém, fato é que cada vez mais fotógrafos estão empenhados em mostrar um contraponto do que é exposto pela grande mídia sobre favelas e periferias. Todo esse empenho instaura não apenas novas perspectivas sobre a rotina e pessoas que são destes territórios, mas aponta também que o protagonismo dessas histórias é um poderoso elo a ser fortalecido. “Retratar a própria rotina e vida espelhada em outros indivíduos e situações imprime no trabalho uma carga emocional maior. Ninguém melhor pra falar da favela do que um favelado. Sendo este favelado um comunicador, um artista, ganhamos a real perspectiva e transmissão de realidade totalmente contrária ao que a grande mídia associa a favela e aos favelados. Possibilita à favela a oportunidade de falar por si, com propriedade e verdade. Já passou do tempo da favela protagonizar sua própria história, e temos cada vez mais  artistas e comunicadores tomando essa responsabilidade. Mais do que nunca a favela se auto-retrata, e isso é transformador’, finaliza.

 

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